Como vários profissionais gaúchos, Janine Holz, que vende roupas em São Leopoldo, no Vale do Sinos, sentiu o baque da pandemia e da enchente nos negócios. O coronavírus a levou a fechar a sua loja, a Nine's Closet, no centro da cidade, quando optou pela venda online e o depósito virou um contêiner no pátio de casa. Só que a elevação do Rio dos Sinos em maio atingiu esta estrutura, provocando a perda de R$ 120 mil em mercadorias e equipamentos.
— Antes da pandemia, tinha oito funcionárias. Agora, trabalho sozinha. Tive loja por 15 anos. Hoje estou bem assim — diz a empresária, que está faturando R$ 60 mil por mês, 50% mais do que antes da enchente. — Recebi muita divulgação boca a boca. Pessoal se mobilizou. Grande parte da venda vem do Instagram — completa.
Janine não buscou crédito em bancos com medo de não conseguir pagar. Com ajuda da família, retomou a operação na própria casa, onde clientes podem provar as peças, e também leva até o consumidor. Comercializa roupas da serra gaúcha, do Paraná e de São Paulo. Ela venderá o contêiner e manterá o estoque em casa. Também não tem planos de reabrir loja.
* Colaborou Guilherme Gonçalves
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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