Mesmo com as falhas do município na enchente, Sebastião Melo (MDB) nunca perdeu o apoio dos empresários, que nem criticavam a prefeitura publicamente. Além do histórico receio da iniciativa privada com a esquerda, isso remonta à vitória dele em 2020 para este mandato atual, quando ofereceu o diálogo que o empresariado ressentia não ter tido no auge da pandemia com o ex-prefeito Nelson Marchezan (PSDB).
Poucos, simpatizantes do Novo, foram agora para Felipe Camozzato. Alguns prejudicados pela cheia optaram por Juliana Brizola (PDT). A tendência dos empresários é voltarem a Melo no segundo turno da eleição à prefeitura de Porto Alegre. Para interceptá-los e puxar alguns para si, Maria do Rosário (PT) teria que revolucionar sua relação com o empresariado, de grandes construtoras a donos de bancas do Mercado Público. Primeiro, isso tem que entrar no plano da candidata. Segundo, ainda assim, seria uma empreitada bem difícil.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jaques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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