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"Consumidor Verde" é um quadro semanal da coluna com informações para uma transição para um consumo mais sustentável. Sempre aos finais de semana, na coluna Acerto das (tuas) Contas, em Zero Hora e GZH.
Com novos projetos de geração de energia solar travados no Rio Grande do Sul, a compra de baterias deve crescer como opção. A coluna comentou isso brevemente na semana passada, o que gerou dúvidas de leitores. É que hoje funciona assim: você gera energia solar com seus painéis durante o dia. O que não consome é injetado na rede elétrica, recebendo créditos para abater depois na conta de luz. A energia que consome à noite ou em dias nublados é puxada da rede elétrica, valor abatido depois com os créditos. Se você tiver a bateria, vai armazenar o excedente de energia e puxará do equipamento depois.
Não precisará, portanto, estar conectado à concessionária de energia? Não é bem assim. A coordenadora estadual da Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar), Mara Schwengber, explica que para ser totalmente "off grid", ou seja, desconectado da rede, precisa usar inversor "off grid".
— Neste caso, não comunica com a rede e não precisa da liberação da concessionária.
Já um sistema híbrido, com inversor "on grid" e a bateria como complemento, precisa ter a autorização da empresa de energia. Ainda assim, o equipamento, que custa a partir de R$ 15 mil, tem sua vantagem, pois a redução da potência pode garantir a liberação parcial do sistema pela concessionária, enquanto a complementação com energia solar armazenada atinge a redução total almejada da conta de luz.
— Faço um "mix", armazeno parte e injeto parte na rede — acrescenta Maria.
A cada dia, a coluna tem recebido mais relatos das negativas da RGE aos projetos, com base na norma federal da inversão de fluxo que determina que regiões não podem gerar mais energia do que consomem. No caso da CEEE Equatorial, ainda não se atingiu este limite. O setor de energia solar trabalha para mudar a legislação. Minas Gerais e São Paulo já têm comunicado fechamento de empresas de sistemas fotovoltaicos. Por outro lado, o argumento é de que a rede não tem capacidade para absorver em tempos de alta geração de energia, o que não é o que vivemos agora, com a seca deixando a energia escassa e elevando a conta de luz.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jaques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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