Instituição de Ensino Superior com 6 mil alunos, a Imed mudou de nome para Atitus Educação e investirá R$ 100 milhões na expansão até 2026. O valor engloba a construção de um novo campus, que ficará em Erechim. Atualmente, há operações em Porto Alegre, Ijuí e Passo Fundo, onde foi criada há 18 anos e mantém a sua sede administrativa.
Para 2023, o plano é também entrar em outros Estados. No radar, estão Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Isso será feito por meio de aberturas e compras. Nos últimos dois anos, a Imed havia adquirido a Faculdade América Latina (FAL), de Ijuí, e a Fasurgs, faculdade especializada na área da Saúde, de Passo Fundo.
Atualmente, tem 19 cursos de graduação, especialmente nas áreas de Gestão, Saúde, Direito, Politécnica e Agrárias, além de programas de mestrado
A avaliação é de que a expansão exigia a mudança da marca. Atitus remete à atitude. Para a escolha, contratou Interbrand, No One, Be Formless, ANK Reputation, KPMG, Redirection, Soluzzione e E21.
Abaixo, trechos da entrevista de Eduardo Capellari, CEO da Imed, agora Atitus Educação, ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha. O áudio da íntegra está no final da coluna.
Qual a estratégia da expansão?
Enxergamos uma oportunidade de consolidar o setor no Rio Grande do Sul e, em um segundo momento, em Santa Catarina. Vamos construir uma universidade multicampi nos principais polos econômicos do Estado. Nasceu em Passo Fundo, o campus de Porto Alegre já tem 1,5 mil alunos, tem campus em Ijuí, tem a abertura do campus de Erechim em 2023. E Santa Maria, Novo Hamburgo, Santa Cruz do Sul e Caxias do Sul são as cidades que, junto com as demais, somam 90% das matrículas presenciais. Há pequenas instituições que, no nosso entendimento, não vão sobreviver a esse processo de mudança no Ensino Superior na próxima década.
Como avançar com a crise que atinge a educação?
O Fies, que catapultou muitas instituições, acabou. Não tem mais financiamento. E, desde 2016, nós estamos vivendo um ambiente econômico difícil com retração de PIB e aumento do desemprego, especialmente na faixa entre 18 e 30 anos. Esse jovem não tem condição de pagar a faculdade. Além disso, a população do Rio Grande do Sul é de mais idosos e menos jovens. A instituição precisa mexer no portfólio de cursos para sobreviver. Tem que encerrar alguns.
Como fazer a mensalidade caber no bolso do aluno?
Nós procuramos ter os cursos mais procurados e ter uma mensalidade dentro daquilo que o aluno pode pagar. Tem o curso de Medicina com mensalidade de R$ 10 mil, baixa evasão e inadimplência. Outros têm uma situação diferente. Os que têm maior demanda sustentam os que têm menor. Um que aumentou muito a procura foi Ciências da Computação. A área de tecnologia está crescendo muito. Temos mensalidades atrativas e ajuda a manter os cursos com menor demanda, como Engenharia Civil, que caiu muito na crise. O segredo é portfólio de cursos e ter um número adequado de professores.
Entrevista na íntegra:
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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