Principal destino das exportações gaúchas, a China comprou 56,1% menos do Rio Grande do Sul no primeiro semestre do ano, quando comparado ao mesmo período do ano passado. A coluna vem acompanhando essa redução, que se intensificou nos últimos meses. Entre os motivos, estão os lockdowns estabelecidos pelo governo chinês na política de covid zero, que param indústrias, fecham portos e derrubam o consumo. Há também impacto da estiagem, que diminuiu a produção de soja, principal produto vendido ao país asiático.
Com a queda, a China importou US$ 1,49 bilhão em produtos gaúchos de janeiro a junho. Ou seja, US$ 1,9 bilhão a menos do que no ano passado. É destino, agora, de 14,7% das exportações do Estado, mas já respondeu por 40%.
Uma pequena parte da queda foi compensada por Estados Unidos e Argentina. Juntos, aumentaram em US$ 529 milhões as importações do Rio Grande do Sul, até mesmo pelas dificuldades de comprar da China. Os norte-americanos adquiriram 44% mais, respondendo por 10,2% do total embarcado. Já os argentinos elevaram em 47,9% as compras, ficando com uma fatia de 6,48%.
Apontada como mercado alternativo e que merece atenção para o longo prazo, a Índia comprou US$ 319 milhões do Rio Grande do Sul, mais do que o triplo do primeiro semestre de 2021. Ainda assim, tem participação pequena no total, de apenas 3,14%.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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