Diretor técnico adjunto da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Reginaldo Minaré, em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha:
Com qual patamar de câmbio que vocês trabalham para o ano que vem? E qual seria o ideal para o agronegócio?
Essa pergunta é uma interessante, porque, em 2021, até um relatório recente do FMI (Fundo Monetário Internacional) identificou que o real foi a moeda que mais perdeu o valor. No final de 2019, para comprar um dólar exigia-se aproximadamente R$ 4, e agora já passa de R$ 5,50. Esse custo da redução do valor da moeda já vem, não é da crise desse ano de abastecimento. É algo que se somou. A desvalorização do real já tem quase dois anos. Muito difícil identificar um câmbio específico para tê-lo como ideal, porque depende das cadeias produtivas, e elas são muito variadas. Por exemplo, para uma cadeia de produção que não depende de insumos importados, o dólar nesse patamar é ótimo, principalmente se você exportar. Já para uma cadeia que depende de muitos insumos importados, é uma dificuldade, ele precisará fazer uma conta muito bem detalhada para verificar se o custo da importação compensa o custo de venda. Então, falar de um de um câmbio ideal é muito difícil porque são várias as cadeias, e cada uma tem a sua peculiaridade. Porém, uma taxa de câmbio entre R$ 3,50 e R$ 4 pode não agradar todos, mas talvez desagrada a minoria.
Ouça a entrevista para a Rádio Gaúcha:
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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