A ampliação de horários para funcionamento dos shoppings de Porto Alegre deve ser analisada em reunião nesta quarta-feira (4) do comitê de enfrentamento ao coronavírus da prefeitura. A previsão foi dada à coluna pelo prefeito Nelson Marchezan Junior, que recebeu na semana passada mais uma carta solicitando o aumento da autorização para as lojas do chamado comércio não essencial.
O documento era assinado pelo empresário Glauco Humai, presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). O título era "Ampliação Imediata: 12h de funcionamento". A solicitação é para que as lojas do comércio chamado de não essencial nos shoppings possam funcionar das 10h às 22h, de segunda-feira a sábado. Atualmente, podem abrir das 12h às 20h. Os domingos já têm um horário diferenciado.
O prefeito disse que seria um dos assuntos para tratar com a equipe, mas reforçou o receio que vem trazendo de que a ampliação possa fazer a covid-19 avançar e provocar um novo fechamento próximo do Natal, data forte de vendas. Ainda assim, Marchezan diz entender a solicitação dos shoppings pelos gastos e manutenção exigidos pelos grandes empreendimentos. Também há lojistas que manifestaram à prefeitura em outras ocasiões de que não gostariam de abrir porque a ampliação da equipe não seria justificada pelo movimento de consumidores no horário ampliado.
O início da reabertura do varejo não essencial após o período mais restritivo da pandemia ocorreu pouco antes do Dia dos Pais, no começo de agosto. Houve avanços depois, mas o horário permitido segue reduzido. Segundo a prefeitura tem dito, isso ocorre para flexibilizar outras atividades, como a volta às aulas. Marchezan lembra que nenhuma atividade teve retorno total ainda e algumas, como casas noturnas, seguem com restrições extremas.
Trechos da carta enviada ao prefeito pelos shoppings:
"(...) passado mais de 4 meses de funcionamento dos shopping centers da cidade entendemos ser possível a autorização para o funcionamento do horário normal de 12 horas nos estabelecimentos."
"(...) essa medida ajudará ainda mais a manter o controle e a dispersão dos clientes, os lojistas que terão mais tempo e oportunidades para as vendas e a proximidade com as datas comemorativas de final do ano que já geram normalmente um fluxo maior."
"A extensão desse horário é medida de absoluta necessidade e urgência, tanto para os empreendimentos, assim como para os milhares de lojistas que têm lutado para a sobrevivência econômica e, consequentemente, para a manutenção dos empregos diretos e indiretos gerados por todo setor."
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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