Com sede em Gramado, a Bela Pagamentos pediu recuperação judicial. A autorização para o processo ainda não foi dada pela Justiça. Com origem no setor de turismo, a empresa atua agora como uma fintech, como são chamadas empresas do setor financeiro que trabalham com tecnologia e inovação.
O endividamento da companhia da serra gaúcha supera R$ 15,5 milhões. Chama a atenção na lista de credores, que a Bela Pagamentos tem uma quantidade grande de débitos de valores pequenos que não foram pagos, o que não é usual em pedidos de recuperação judicial.
A decisão surpreendeu de certa forma o mercado. Até poucas semanas, a empresa estava lançando produtos e foi até selecionada para programas de aceleração de startups.
A Câmara de Dirigentes Lojistas de Gramado analisa ação judicial coletiva. Segundo a entidade, empresários venderam produtos com a máquina de pagamentos da Bela, o consumidor pagou, mas não houve o repasse. A CDL irá aguardar a decisão judicial sobre o pedido de recuperação judicial para decidir o que fará.
A coluna Acerto de Contas tenta, sem sucesso, contato com a empresa.
A recuperação judicial foi criada para substituir a antiga concordata. O objetivo da figura jurídica é dar um fôlego para as empresas, evitando a falência. Caso a Justiça autorize o pedido da empresa, ela tem 60 dias para apresentar um plano de recuperação judicial, que precisa ser aprovado pelos credores para ser executado.