Mais uma vez, o Rio Grande do Sul teve desempenho melhor que a média nacional na produção da indústria. O setor subiu 0,4% em novembro sobre outubro aqui, contra 0,1% no país todo. Apenas seis dos 15 locais pesquisados pelo IBGE tiveram desempenho positivo.
Chama ainda mais a atenção quando a comparação é com novembro de 2017. Aí, o Rio Grande do Sul aumentou em 12,7% a produção nas fábricas, contra uma queda de 0,9%. Foi o melhor desempenho da pesquisa.
O resultado gaúcho foi impulsionado, principalmente, pelos avanços verificados nas atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis, reboques e semirreboques, carrocerias para ônibus e autopeças), máquinas e equipamentos (tratores agrícolas e máquinas para colheita) e produtos de metal (construções pré-fabricadas de metal, revólveres e pistolas, espingardas de caça e artefatos de alumínio, ferro e aço para uso doméstico). Importante lembrar que o segmento foi bastante afetado pela crise econômica, tendo uma base fraca de comparação.
Depois, a principal contribuição veio da celulose e papel. O segmento aumentou em 21,7% a produção. Importante lembrar que foi em novembro de 2017 que a Celulose Riograndense começou a retomar a produção após meses parada devido ao acidente em uma caldeira. Fumo também foi bem.
"O Rio Grande do Sul (+6,3%), por sua vez, reforçou seu desempenho na segunda metade de 2018, graças à produção de veículos e papel e celulose" - complementa análise do Instituto de Estudos para Desenvolvimento Industrial.
O Iedi compila os dados do IBGE sobre o Rio Grande do Sul:
"No acumulado do ano, aferiu-se crescimento de 6,3% sendo que os setores com maiores contribuições positivas foram: celulose, papel e produtos de papel (40,4%), veículos automotores, reboques e carrocerias (27,4%), produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (11,6%), metalurgia (9,8%) e máquinas e equipamentos (6,8%). Por outro lado, os cinco demais setores que apresentaram decréscimos foram: bebidas (-5,8%), produtos de borracha e de metal plástico (-4,4%), outros produtos químicos (-2,9%), produtos de fumo (-2,3%) e produtos alimentícios (-0,8%)."
A luz vermelha está acesa para São Paulo e Rio de Janeiro. Os resultados são fracos para dois dos principais parques industriais do país.