Em 2019, Luan decidiu mudar o rumo da sua carreira. Após uma série de críticas por problemas extracampo, e na reserva do time de Renato, o jogador do Grêmio fez uma transformação radical na sua vida e começou a ter encontros com o pastor Alexander Ribeiro, da Igreja Portas Abertas.
Na última quinta-feira (9), o pastor, que mora em Belo Horizonte, esteve em Porto Alegre fazendo orações e buscando recuperar o foco nas coisas importantes da vida.
Para entender melhor como funciona a nova rotina de Luan, a coluna conversou com Alexander, que contou os detalhes de como aconteceu a reaproximação entre eles e de como o atacante está trabalhando a transformação da sua vida.
Como aconteceu esta aproximação com o Luan?
Eu conheço o Luan desde antes da Olimpíada de 2016. Fomos apresentados e começamos a conversar. Só que ele se ausentou um pouco. Mas, no final do ano passado, nós voltamos a falar, entramos no caminho da oração, da palavra de Deus, e colocamos na mente do Luan o foco. O foco primordial é Deus. E depois ele tem que ter uma mente centrada, se fortalecer e se concentrar naquilo que Deus deu a ele, que é o dom do futebol. Ele assimilou a ideia e fez uma reciclagem na sua vida. Soube separar o que era bom e o que era ruim. Graças a Deus, todos os dias nós temos conversado e fazemos orações para que ele possa alcançar a transformação. A transformação não vem de uma vez, ela é contínua. Todos os dias você é transformado. Ele assimilou isso muito bem.
Então o senhor conversa com ele todos os dias?
Todos os dias. Deixa eu lhe explicar: eu conheço outros jogadores de futebol. Pela misericórdia de Deus, já havia orado com eles. O Nenê, do São Paulo, o Romarinho, que era do Corinthians, e muitos outros. E Deus permitiu essa aproximação com o Luan, para ter esse convívio. Nós temos que ajudar uns aos outros. Por exemplo, o senhor tem o talento de escrever, de publicar uma matéria. Eu não tenho esse talento, mas graças a Deus eu tenho o dom da palavra, do ensinamento, que é uma conduta de uma auto-ajuda, segundo o Evangelho de Deus. Na quinta-feira (9) da semana passada, eu estive aí em Porto Alegre, na casa dele, oramos e pedimos a Deus para que pudesse fortalecer a fé dele.
O senhor vem com frequência visitar o Luan?
Normalmente, vou uma vez por mês. Eu moro em Belo Horizonte e tenho uma agenda corrida. Mas falamos sempre por telefone.
Como foi a reaproximação após a Olimpíada?
Primeiro, foi Deus. Depois, um amigo em comum me chamou e disse que o Luan ia conversar comigo. E graças a Deus criamos esse vínculo, que não é de amizade, é um vínculo de irmãos.
O senhor teve essa experiência também com outros jogadores e sabe que a vida no futebol muitas vezes leva o atleta a perder o foco por alguns motivos. Já é possível perceber a diferença no caso do Luan?
Ele está focado. Está muito focado. Ele tirou a visão daquilo que é momentâneo e passageiro e colocou a visão naquilo que para ele é algo perpétuo. Primeiramente, Deus, e depois o equilíbrio emocional, tendo a mente centrada. Desta maneira, ele vai crescer em todas as áreas da vida dele. Ele cresceu muito no aspecto pessoal. E agora focou no profissional.
E como é a sua rotina aí em Belo Horizonte?
Temos a Igreja Portas Abertas, com cultos todos os dias. Estamos sempre na misericórdia de Jesus pregando a palavra de Deus pelo Brasil. Nossa vida pela misericórdia é ajudar. O ser humano precisa aprender que temos que ajudar muito uns aos outros. E quero ressaltar que o Luan tem uma gratidão muito grande pelo povo de Porto Alegre, pelo Grêmio. Ele sempre fala que tudo o que conquistou foi, primeiro através de Deus, e depois através do Grêmio.
Ouça a entrevista do pastor Alexander Ribeiro no programa Timeline, da Rádio Gaúcha, desta quarta-feira (15):