O empate em 2 a 2 entre Inter e Caxias foi marcado por um erro de arbitragem. O primeiro gol marcado pela equipe colorada teve uma irregularidade na origem. Isso porque o atacante Pedro Henrique estava impedido no momento do toque de Bustos e tirou proveito dessa condição para marcar.
Essa é a avaliação fria de uma decisão errada tomada pela equipe de arbitragem no Beira-Rio. Quem quer contabilizar apenas erros e acertos do apito pode parar de ler aqui. Até porque minha proposta é fazer uma análise que possa ir além a partir de agora.
Por isso, quero trazer duas verdades sobre o erro cometido pelo assistente Fabrício Baseggio no jogo apitado pelo árbitro Leandro Vuaden.
A primeira delas é a mais óbvia e que está se tornando repetitiva no Gauchão. O futebol atual não comporta mais jogos de alto nível sem o uso do VAR.
Esse lance ocorrido no jogo do Beira-Rio é um ótimo exemplo disso. Ter todas as imagens disponíveis para analisar o impedimento de Pedro Henrique faz parecer fácil uma decisão que é bastante complexa dentro de campo.
Primeiro porque a jogada ocorre em uma roubada de bola com fator surpresa. Segundo porque há muitos jogadores atrapalhando o campo de visão do assistente. Terceiro, por fim, porque o jogador do Caxias faz o movimento de chute para trás no mesmo momento em que Bustos antecipa e consegue o toque na bola se tornando origem para Pedro Henrique.
Não há sentido de seguir convivendo com erros que se tornam tão simples nos monitores, mas que continuam acontecendo por circunstâncias diversas dentro de campo.
A segunda verdade que quero trazer sobre esse lance é que ele foi um fato absolutamente isolado no jogo. Esse é mais um motivo para justificar a presença do VAR.
Vuaden controlou o jogo do começo ao fim. Apitou com serenidade e tirou proveito da experiência de quem tem 47 anos para permitir que o jogo pudesse transcorrer da melhor maneira. Nem mesmo o erro ocorrido no primeiro tempo foi capaz de abalar qualquer tomada de decisão ao longo do jogo.
Esse é o modelo ideal de arbitragem que precisa ser seguido. O que o juiz principal controla as ações com plena autoridade. Isso não tem tecnologia capaz de mudar. Quem sabe, sabe. A outra parte é com o VAR porque alguns erros serão inevitáveis diante da percepção do olho humano. É aí que entra a tecnologia necessária para ajudar não só a arbitragem, mas também o futebol.