Um erro e dois acertos. Esse foi o saldo da atuação da arbitragem nos lances capitais da partida que marcou a eliminação do Grêmio contra o Athletico-PR, nesta quarta-feira (4), na Arena da Baixada, na semifinal da Copa do Brasil. O equívoco foi o pênalti não marcado para o Grêmio logo no começo do primeiro tempo. O carioca Wagner do Nascimento Magalhães chegou a ser alertado pelo VAR e revisou o lance no monitor à beira do gramado, mas manteve a marcação do campo e mandou o jogo seguir. Nos outros dois lances, a expulsão de Kannemann e no gol anulado de David Braz, ele tomou as decisões corretas.
Sobre o lance do pênalti é importante dizer que o árbitro de vídeo Bráulio da Silva Machado fez a coisa certa ao recomendar a revisão. A partir disso, a decisão final é responsabilidade do juiz principal. Wagner Magalhães entendeu que a jogada foi normal. Discordo da interpretação. Depois do cabeceio de Geromel, Wellington Martins ampliou o espaço corporal com o braço aberto e bloqueou o arremate.
Concordaria com a decisão do juiz se o braço do volante estivesse em paralelo ao tronco ou em posição natural. Só que o que ocorre é o movimento do antebraço para cima, que acaba indo na direção e atingindo a bola. Entendo que o desvio de cabeça de Geromel possa ter gerado um fator surpresa, mas a ação do jogador do Athletico-PR é mais significativa para o contexto do lance. A decisão correta seria a marcação do pênalti, que poderia mudar a história do jogo.
Na etapa complementar, aos 14 minutos, houve a expulsão indiscutível de Kannemann. O carrinho do zagueiro foi tão forte que o Léo Cittadini caiu de cabeça no gramado. O árbitro não teve dúvidas ao puxar o vermelho e aplicar a expulsão direta. Os demais jogadores gremistas sequer esboçaram reclamação. O VAR nem precisou interferir. Não há como entender a atitude do zagueiro gremista.
Outra decisão acertada e sem a necessidade do VAR foi no gol bem anulado de David Braz. O zagueiro gremista recém havia entrado na partida e chegou a marcar um gol. No entanto, estava claramente à frente do penúltimo defensor, que estava caído no gramado. O bandeira Bruno Raphael Pires foi preciso na marcação.
O resumo de tudo é que esse pênalti não marcado ainda será muito discutido e debatido. A polêmica está longe de acabar.