O empate em 0 a 0 entre Grêmio e Juventude no duelo de volta das quartas de final do Gauchão foi marcado por um erro de arbitragem. O Tricolor teve um gol mal anulado aos 16 minutos do segundo tempo. A posição de Diego Tardelli era legal no momento em que o atacante recebeu o passe de Luan. No entanto, a assistente Luiza Reis levantou a bandeira e o árbitro Douglas Silva apitou o impedimento.
Um detalhe importante chamou atenção no momento em que a infração foi sinalizada. A assistente pareceu ter sido surpreendida e acabou marcando o impedimento no "susto", em um gesto precipitado. Falo isso pela própria reação dela após levantar a bandeira. A fisionomia e a expressão de Luiza eram de quem sabia que havia cometido um erro. Ou seja, ela não precisou chegar ao vestiário para ter a certeza do equívoco. O problema é que já era tarde demais. O árbitro Douglas Silva já havia apitado a infração antes da conclusão e não havia como voltar atrás.
Há duas leituras que precisam ser feitas sobre esse lance. A primeira delas é que Luiza Reis não costuma cometer esse tipo de erro. A assistente de 30 anos acaba de ser aprovada nos índices exigidos para os testes físicos masculinos da CBF e está treinando em alto nível. Nesse contexto, o lance não pode ser enquadrado como uma situação de alto grau de dificuldade. A própria percepção dela evidencia isso.
A segunda questão se insere no contexto do jogo. Se há algo que pode amenizar as coisas é o fato de que o placar de 6 a 0 em favor do Grêmio no jogo de ida tira o caráter decisivo do erro no que diz respeito ao contexto de classificação do campeonato. Em resumo, se por um lado a falha poderia ter sido evitada pelo lance em si, por outro ocorreu em um contexto que, ao menos, não mudou o rumo dos times na competição.