
Sem sustos, o Inter venceu o Novo Hamburgo por 3 a 0, neste domingo (21), no Estádio do Vale. Há três aspectos importantes que precisam ser ressaltados sobre a arbitragem do confronto, válido pela segunda rodada do Gauchão.
O primeiro foi o bom controle disciplinar do árbitro. Foi o terceiro jogo do Inter na carreira de Anderson Farias, 37 anos. Em todos, ele demonstrou boa capacidade de exercer autoridade dentro de campo. A chuva e o gramado molhado contribuíram para um jogo muito acidentado. Foram 25 faltas cometidas pelo Inter e outras 17 do Novo Hamburgo, totalizando 42 infrações. Os amarelos apareceram quando necessário. Três para o time da casa (Lito, Branquinho e Assis) e outros dois para a equipe colorada (Charles e Iago).
O segundo aspecto diz respeito a um alerta. A arbitragem precisa ter mais atenção e realizar trabalho preventivo nos lances de empurra-empurra na área, situação que foi trabalhada na pré-temporada do apito. Aos 33 minutos do primeiro tempo, houve um bom exemplo disso. Depois de cobrança de escanteio, o centroavante Roger deu um empurrão nas costas e derrubou Conrado. O árbitro e o juiz reserva não viram a ação ocorrida fora da disputa de bola. Do contrário, o pênalti teria sido apitado. Em geral, os jogadores não colaboram em disputas de grande área. A marcação de lances como esse pode inibir um pouco essa prática.
O terceiro ponto pode ser ilustrado com um lance ocorrido aos 15 mintuos do segundo tempo. Diante das polêmicas já ocorridas e das muitas que ainda virão, vale ressaltar que os jogadores têm uma defesa possível em jogadas de mão na bola ou bola na mão. Foi o que fez o zagueiro Thales, do Inter. Houve um cruzamento pelo lado direito e o defensor, que estava dentro da área, colocou os dois braços junto ao corpo. Com essa atitude, ele mostra claramente que está se protegendo e tentando evitar o risco da infração. Nesse caso, mesmo que a bola bata no braço, o árbitro não vai marcar a penalidade. Foi o que aconteceu.