É mera impressão, mas o empate do Inter com o esquálido Real Tomayapo mostrou alguns jogadores com mais envolvimento e energia do que outros. Alan Patrick, Bruno Henrique, Mauricio, Wanderson, há mais tempo no clube, pareciam sem aquela liga que o ambiente azeitado oferece.
Não se trata de displicência de propósito, não é isso, mas tensão e certo desânimo, talvez decorrência desse caldo todo. Já os recém chegados, com o HD zerado — Thiago Maia, Alario, Bernabei, Wesley e o próprio Rafael Borré, apesar da péssima atuação — pareciam noutra frequência.
Seriam, portanto, dois grupos. Os mais antigos e os reforços incensados, alguns trazidos a peso de ouro como titulares absolutos, não importando quem vá para o banco. Se for isso mesmo, não sei se é, repito que é mera impressão após quase três décadas cobrindo futebol, é preciso que Alessandro Barcellos, Eduardo Coudet e o capitão Alan Patrick se sentem à mesa para uma conversa franca e definitiva.
É chateação pelos afastamento de Gabriel e De Pena, respeitados no vestiário? Não é? Ciúme de salário ou do protagonismo dos novos? Fissuras no vestiário não são exceção. Há em todo lugar. São regra. A questão é como administrá-las.