A vaga na final conquistada apenas nos pênaltis (5 a 4) pode indicar equilíbrio, mas o fato é que só o Grêmio buscou a vitória no tempo normal. Devolveu o 2 a 1 do Ypiranga em Erechim. Não fosse o goleiro Caíque, teria resolvido no tempo normal, na Arena. Agora é esperar o outro finalista, que sai entre Inter e Caxias, no Beira-Rio.
Adriel, chamado de Dida na base, pegou duas penalidades. Os méritos do Grêmio estão na superação dos desfalques. Além de Fábio, Kannemann, Villasanti, Pepê, Carballo e Cristaldo, o atacante Ferreira sentiu a coxa logo no início. Com meio time reserva, o desentrosamento atrapalhou.
Mesmo assim, valendo-se do volume e da bola aérea, mais na vontade do que na organização, o Grêmio saiu atrás em um chute de fora da área de Mossoró e virou com dois gols de cabeça, Thaciano e Bruno Alves. Finalizou 25 vezes, contra só duas Ypiranga, que bateu no seu teto físico e cedo demais abriu mão da sua ideia de posse de bola para só se defender.
Renato entrou com Thaciano e Bitello de volantes, os mais próximos de Carballo e Pepê. Foi coerente. Acertou, mas Galdino como meia fracassou. Thiago Santos entrou no intervalo para Bitello ser adiantado.
A torcida vaiava Thiago Santos quando ele pegava na bola, pois o gol do Ypiranga saiu assim que ele entrou. Então, surpresa radical: Renato tira o próprio TS em nome de Diego Souza e partiu para o tudo ou nada. Termina o jogo com Bitello recuado e cinco atacantes: Gustavinho, Cristaldo, Diego Souza, Suarez e Zinho.
Nos pênaltis, Adriel, uma escolha pessoal de Renato, desbancando Brenno, foi o herói.
Carballo e Villasanti voltam na final, mas e os outros, todos lesionados, inclusive Ferreira e Cristaldo, que entrou no sacrifício?
Semana de mistério até a final. Qual será o Grêmio da decisão? Refeito ou esgualepado?