A base, tão preterida em 2020, e que começou 2021 cantada em prosa e versos, mas já ia perdendo espaço para os cascudos, resolve a vida do Grêmio. Com menos posse de bola, apenas 30%, e adotando uma estratégia de contra-ataque mesmo na Arena, o time de Renato foi premiado pela individualidade de um guri da base. Léo Chú cortou para dentro aos 43 do segundo tempo e marcou um golaço, definindo o Gre-Nal.
O Inter propôs, ficou com a bola, mas agregou pouco. Criou chances, sim, esperando o momento certo, mas sofreu demais com a ausência do mano a mano. Nunca teve a jogada pessoal. Lucas Ribeiro teve uma chance incrível, aproveitando o espaço na saída de três, mas na hora de matar o lance, faltou-lhe o cacoete de atacante na cara de Brenno.
Após um primeiro tempo morno, de muita marcação, o Inter com meias nas extremas, Mauricio e Patrick, e o Grêmio apostando tudo em um erro na saída de bola colorada, as substituições deram mais dinâmica.
Sem Maicon e Pinares, o Grêmio cresceu e ganhou fôlego. O Inter tentou ser mais agudo com Palacios e Caio Vidal, e ainda Nonato no lugar de Patrick.
Foi um Gre-Nal equilibrado, decidido na individualidade do golaço à la Cebolinha de Léo Chú. Nem está tudo errado no Inter, nem o Grêmio deve achar que vai patrolar o Del Valle em Quito. O clássico foi movimentado, mas não de qualidade.