Escrevi aqui que o Grêmio teria de bailar um tango em Mendoza. Algo como dançar conforme a música, se adequando ao jogo físico que se desenhava por parte do Godoy Cruz. Modéstia à parte, na mosca. A vitória por 1 a 0 mostrou, mais uma vez, o repertório coletivo do Grêmio, que parece ter o antídoto para cada situação ou estratégia adversária.
O jovem e bravo time do Godoy é bem pior tecnicamente, e por isso apostou na dividida, no contato, na aceleração, na ligação direta. Abusou das faltas (22 a 10), muitas violentas. O campo molhado ajudou. No segundo tempo, os argentinos levantaram bola para a área até com o seu goleiro.
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O gol relâmpago a 44 segundos de jogo, de Ramiro, não assustou o Godoy, que seguiu lutando mais na garra do que na técnica. Grohe, Kannemann, Michel e Geromel foram decisivos para conter a tentativa de gol na marra do Godoy.
O Grêmio ganhou na alma castelhana em Mendoza e vai ganhar na habilidade e na troca de passes na Arena. É uma espécie de time camaleão, que topa todas as armas. A vantagem, sem levar gol fora, é imensa.