Pode-se dizer que a novela terminou. No fim das contas, o STJD tirou uma nota gorda do Inter: R$ 720 mil. Não lembro de multa tão alta assim na Justiça Desportiva. A boa notícia é que esta pequena fortuna não vai para alguma conta secreta enriquecer alguém.
O valor é destinando a entidades assistenciais, me diz Decio Neuhaus, gaúcho e auditor do tribunal. Como o normal é a comissão disciplinar pegar pesado e o pleno aliviar, a conclusão me parece óbvia. Se o resultado inicial já sai leve para o Inter, sem chance de exclusão da Série B ou proibição de contratar, é provável que fique nisso.
Para o Inter, diante do que poderia acontecer, ficou de bom tamanho. Mais ou menos assim: usou documentos adulterados, mas não falsificou nada. Não teve intenção. Daí a multa, por falta de cautela no trato do material recebido e, em seguida, usado como fato novo para a fracassada tentativa de reabrir o Caso Victor Ramos, derrotada no Brasil e na Suíça.
Dei a minha opinião lá atrás: o Inter não tinha nem de ter entrado nessa história, a de requentar uma briga baiana para tentar reverter no tapetão o insucesso do campo. A polêmica dos e-mails supostamente falsos é decorrência disso.
Agora é bola para frente, como bem disse o presidente Marcelo Medeiros, herdeiro de uma bomba para desarmar. O Inter tem de se preocupar apenas em voltar à elite no campo, com a força de sua torcida, de cabeça erguida, o que vai melhorar a sua imagem em nível nacional. Ele já está fazendo um bom trabalho na tentativa de melhorar o relacionamento político com a CBF.
Página virada, todos felizes.