Em 2015, o empresário porto-alegrense Fernando Goldzstein teve a pior das notícias: seu filho, de nove anos, estava com câncer na cabeça, o famigerado meduloblastoma que acomete 25 mil pessoas por ano e, infelizmente, em torno de um terço não sobrevive.
Inconformado com o protocolo de tratamento atual — igual ao da década de 1980 — Fernando criou uma organização para pesquisar tratamento para evitar o processo atual.
Um paciente desse tipo de câncer é submetido a longas sessões de radioterapia e desgastantes ciclos de quimioterapia. Foi o meu caso. A agressividade do tratamento prejudicou minha voz e a minha mobilidade. Se eu fiquei assim, imagine uma criança que está em pleno desenvolvimento dos órgãos?
Para evitar todo esse desgaste e para salvar milhares de pacientes que perecem, Fernando criou a instituição Meduloblastoma Initiative (MBI), uma organização internacional que busca um tratamento mais eficaz e menos agressivo.
Apesar de a pesquisa estar sendo feita nos Estados Unidos e na Europa, ela poderá ser usada em outros países, inclusive no Brasil, se houver aprovação do uso da medicação no tratamento que salve vidas, mas sem destruir a pessoa.
Infelizmente, muitos pacientes têm recidivas — a volta de doença. Para isso, a agência que regula medicações nos Estados Unidos (FDA) aprovou recentemente o uso de um medicamento que oferece esperança aos pacientes. Que a cura chegue.