A disputa dos torneios de futebol nos Jogos Olímpicos sempre foi permeada de uma disputa entre a Fifa e o Comitê Olímpico Internacional (COI). Por isso, por muitos anos, as principais seleções não levavam seus melhores atletas para o torneio, até porque durante um longo período as equipes do Leste Europeu tinham a vantagem de usar jogadores que disputavam a Copa do Mundo contra amadores, como determinava o regulamento. O benefício se dava ao fato de que as equipes de países como União Soviética, Hungria e Polônia, por exemplo, não tinham profissionais.
O Brasil perseguiu o título olímpico até levar seu primeiro ouro no Maracanã em 2016 e repetir o feito nos Jogos de Tóquio-2020, disputados no ano passado por conta da pandemia. E um campeão da competição realizada no Japão poderá conquistar duas marcas inéditas na história do futebol: o atacante Richarlison.
Artilheiro da última edição do torneio olímpico com cinco gols, o camisa 9 da Seleção Brasileira na Copa do Catar poderá se tornar o primeiro jogador a ser goleador das duas competições, algo que nem Messi, campeão olímpico em Pequim-2008, e Neymar, campeão no Rio-2016, conseguiram.
No Catar, o Pombo já balançou as redes três vezes e está empatado com o próprio camisa 10 argentino e outros sete jogadores. O francês Mbappé, com cinco, é quem lidera a lista. Com o Brasil nas quartas de final e em busca do Hexa, Richarlison poderá ainda se tornar o primeiro campeão olímpico e mundial a ser artilheiro das duas competições.