À frente do Conecte 1ª Edição, da 92, e da coluna sobre empreendedorismo feminino no Diário Gaúcho, Cris Silva, 45 anos, é comunicadora do Grupo RBS há 18 anos. Com passagens pelos telejornais e programas da RBS TV, como Posso Entrar? e Que Papo É Esse?, ela comemora o novo desafio no entretenimento: vai apresentar, ao lado de Giulia Perachi, o Baita Sábado, programa semanal que estreia em 13 de abril.
Neste bate-papo com a coluna, Cris detalha qual é a expectativa de conduzir, pela primeira vez, um programa ao vivo e com plateia.
Qual é a expectativa para apresentar um programa ao vivo e com plateia? O que este formato modifica na dinâmica de uma atração de TV?
Quando eu fui para o entretenimento, antes de fazer o Posso Entrar?, quando a gente começou a desenhar o que eu gostaria de fazer, o sonho era um programa com plateia, em que eu pudesse conversar com as pessoas. Mas eu estava pisando num terreno novo. E um programa com plateia não é assim para fazer, porque requer todo um processo de entendimento. Além de a gente entrar na casa das pessoas, tem que estar com tudo muito organizado para receber a plateia.
Neste momento da carreira, se sente segura para encarar o formato?
Neste ano, eu completo 18 anos no Grupo RBS. Essa maioridade profissional não dá a certeza de que vai ser bom, mas segurança, confiança para se jogar, sabe? O processo de estar pronta é contínuo, é uma evolução. Tanto que isso é uma novidade para mim, um programa com plateia. Nunca tinha feito um programa com plateia, mas é algo extremamente especial para o momento que a gente está vivendo, em que a gente recebe e ouve as pessoas. Por ser ao vivo, a gente consegue também interagir com as pessoas que estão em casa. Além disso, o ponto alto é o time que está junto: eu vou estar no estúdio, a Giulia vai estar em vários pontos do nosso Estado, trazendo sempre aquela leveza, diversão. Tem o Mark B trazendo a parte da sustentabilidade, que eu acho extremamente importante. A gente vai conhecer lugares incríveis com a Carol Sanches, tem o Destemperados (com Diogo Carvalho e Lela Zaniol), trazendo a gastronomia, uma coisa maravilhosa. Tem a Sara Bodowsky com as viagens, tem você (Amanda Souza) com a programação da Globo, fazendo os links, porque novela está na vida das pessoas também. Acho que a gente vai conseguir, através deste programa, trazer um pouco de profundidade para os conteúdos que acho tão importantes. Agora, com a chance de fazer isso, eu estou extremamente feliz, motivada, com 18 anos de casa.
O programa vai ao ar, ao vivo, nos sábados. Isso impacta a sua vida em família (Cris é casada com o músico e compositor Paulo Inchauspe e mãe do pequeno Mateus)?
O programa é uma aposta minha e da minha família. Eles sabem o quanto isso é importante para mim. Tem uma negociação também com a empresa, de respeitar os meus espaços, me possibilitando uma negociação muito justa. Durante muito tempo, eu fiz o Teledomingo (telejornal da RBS TV que era exibido aos domingos à noite), já trabalhei sábado, domingo, feriado, Natal, Ano-Novo. Agora, eu vou trabalhar fazendo uma coisa que é um sonho, nos sábados. E assim, acho que cada dia vai ser diferente. E isso, para mim, é fundamental.
Do que não vai abrir mão profissionalmente?
Eu acho que eu não abro mão profissionalmente de, cada vez mais, entregar algo relevante para as pessoas. Algo bom, sabe? Espero que as pessoas terminem o programa melhor do que entraram. Mais reflexivas, mais dispostas, mais alegres. E se a gente conseguir entregar isso, já está ótimo.
Vai mudar o visual para a estreia? Como tem sido a preparação?
Eu tenho me preparado emocionalmente. Então, eu acho que estou preparada. Essa questão da mudança do visual é uma coisa mais simbólica, né? Novidade, novo visual, entendeu? Eu acho que é mais ou menos por aí. Não sei ainda o que eu vou fazer no cabelo, acho que vou dar uma cortadinha e tal. Mas as pessoas vão me notar um pouquinho diferente. A gente vem com uma pessoa que cuida do nosso figurino (a jornalista e curadora de moda e imagem Karina Chaves). Acho que as pessoas vão sacar que o programa é diferente mesmo.
E o frio na barriga já começou?
Não é o frio da aprovação, é o frio da responsabilidade de entregar algo legal. Se a gente conseguir, eu acho que a aprovação vem com o tempo. As críticas, elas são do jogo. Mas, enquanto comunicadores que vão trabalhar neste conteúdo, temos que ser críticos para entregar algo bacana. E a gente já gravou alguns pilotos, vem trabalhando neste projeto há alguns meses, então já quebrou o gelo.
O que, no Baita Sábado, desperta o brilho nos seus olhos?
Tem duas coisas que me chamam muito a atenção. A questão da plateia é uma, porque é como se eu estivesse apresentando num teatro, num espaço com plateia, mas, ao mesmo tempo, é a TV. E a possibilidade de trazer entrevistados muito bons, que é meu sonho, para falar de assuntos bons também. A gente tem um programa de uma hora, né? Então, dá para ir sem pressa. Está todo mundo convidado para curtir, a partir do dia 13 de abril, um baita programa, um Baita Sábado.