Quem acompanha Emicida, já ouviu ele dizendo que "o samba é o Brasil que deu certo" e "os discos foram os meus livros de história". Agora, o cantor, compositor e pensador contemporâneo une essas ideias em um novo projeto: é o podcast Sambas Contados, disponível, de forma gratuita, no Globoplay e nas plataformas de áudio.
Em cada um dos 10 episódios publicados diariamente ao longo de duas semanas, de segunda a sexta-feira, o artista percorrerá a história do estilo musical, aprofundando a pluralidade de temas relacionados ao samba e seus desdobramentos menos óbvios. Para entender mais sobre o projeto, confira a entrevista com Emicida, disponibilizada pela assessoria de imprensa da Globo.
Qual foi o critério de escolha dos temas para os episódios e os personagens?
Busquei por personagens dos primórdios, uma espécie de volta no tempo para explicar a raiz do samba. Teremos um registro honesto de perspectivas bastante específicas a respeito dos homenageados. Imagino que as pessoas vão gostar de saber mais sobre a religiosidade de Johnny Alf (1929 — 2010), a relevância de Dona Ivone (Lara, 1921 — 2018) na luta manicomial, como Adoniran (Barbosa, 1910 - 1982) e (Will) Eisner (1917 — 2005) foram próximos em suas histórias ou por que os quintais sempre retornam poderosos na cultura popular brasileira, que é também nosso episódio dedicado a Tia Ciata e ao Fundo de Quintal.
Como avalia a relevância do samba para a cultura e história do país?
O Brasil real é o Brasil onde o samba nasceu, e tudo o que aprendemos a amar nesse país está ligado ao samba. É o que nos difere e nos potencializa, um exercício de possibilidade e de esperança nas frestas de uma sociedade desigual.
O que público pode esperar de Sambas Contados?
As pessoas podem esperar uma viagem deliciosa por histórias que, de alguma forma, são as histórias de todos nós.