A safra do trigo será maior neste ano na Região Central. São cerca de 14 mil hectares a mais de área plantada em relação a safra passada, quando pouco mais de 56 mil hectares haviam sido utilizados para o plantio do trigo. Para essa safra, em que o plantio que começou em junho e foi concluído há cerca de duas semanas, a área total pulou para pouco menos de 70.100 hectares.
Dos 35 municípios de abrangência do escritório da Emater na Região Central, 25 deles cultivam o grão. O maior produtor da principal cultura de inverno é Tupanciretã, com 16,2 mil hectares. Em segundo lugar aparece Capão do Cipó, com 14 mil. Em terceiro e quarto lugares, Júlio de Castilhos, com 6,5 mil, e Jari, com 6,2 mil hectares, respectivamente. O quinto é São Francisco de Assis, com 5 mil.
Conforme Luís Fernando Oliveira, engenheiro agrônomo do escritório regional da Emater, o bom valor de mercado, com o saco de 60 quilos vendido a R$ 80 em média, é uma das explicações para o crescimento da área plantada.
Mas pouco antes do início do plantio, a preocupação era que o solo estivesse muito seco, o que atrapalharia. Choveu e isso não foi problema. Agora, no entanto, há um novo temor com as poucas chuvas, o que pode atrapalhar no desenvolvimento das plantas, conforme explica Oliveira.
- As chuvas ocorridas até o momento foram boas. A preocupação daqui para frente é torcer que essas chuvas continuem ocorrendo. Se esses volumes de chuva forem baixos, podemos ter dificuldade em fazer o aproveitamento das adubações nitrogenadas, o que pode acarretar perda de rendimento. Mas, na nossa região ainda está satisfatório por enquanto - detalha o engenheiro.
Apesar dessa preocupação, a estimativa é que o rendimento seja de 55 sacos ou até 3,6 mil quilos por hectare, o que renderia mais de 8,8 milhões de sacos do grão, ou 230 mil toneladas de produção. Com o valor atual do saco do trigo, a projeção é de uma movimentação de até R$ 310 milhões.
A colheita do trigo inicia entre a metade e o final de outubro e é finalizada até o final de novembro.