
A peste suína africana (PSA) já matou cerca de 160 milhões de suínos na China desde agosto de 2018, quando os primeiros casos foram identificados. E os números podem aumentar. O banco holandês Rabobank, líder global em serviços de financiamento para alimentação e agro financiamento, projeta que o vírus mate ou force o abate de 200 milhões de animais até que a propagação da epidemia seja contida.
Conheça a doença:
- Os principais sintomas da doença são febre alta, sangramento e dificuldade respiratória.
- O vírus não oferece riscos ao ser humano, mas a taxa de sobrevivência é quase nula para o rebanho suíno, que pode ser contaminado por alimentação, transporte ou contato. Não há cura, o que obriga o abate para evitar propagação.
- A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) reconhece que a epidemia deve piorar antes que uma solução seja encontrada e que o vírus está se espalhando mais rapidamente do que o país esperava. Nos últimos meses, autoridades do Japão, de Taiwan e da Austrália encontraram carne infectada em alimentos carregados por turistas.
- Conforme a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), a dificuldade da China para conter a peste está relacionada à forma como os animais são criados no país, onde 20% das propriedades mantém de um a 500 animais. Esses rebanhos são, frequentemente, alimentados com restos de comida que podem conter o vírus. No país, contaminado em 100% do território, está metade da população do animal no mundo.
- Hoje livre da peste suína africana, o RS teve a doença em seu território na década de 1970. Segundo o Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado (Sips), os primeiros animais foram infectados em lixões do Rio de Janeiro, mas logo abatidos, fazendo com que o alastramento do vírus fosse interrompido.