Tão importante quanto as práticas que ajudam a ampliar os rendimentos das lavouras gaúchas é o terreno que se prepara para a pós-colheita. O caminho que leva a produção do Estado precisa estar bem pavimentado.
Com o ciclo de verão se aproximando do fim e a perspectiva de colheita recorde no horizonte, é mais do que hora de garantir as condições mínimas necessárias para escoar a safra.
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Nesta segunda-feira, projeto que vem sendo desenvolvido nos últimos nove meses para a área do porto de Rio Grande será detalhado em encontro na Federação da Agricultura do Estado (Farsul) com a presença de secretários de Estado e também de integrantes do governo federal. O governador José Ivo Sartori foi convidado.
Tratam-se de melhorias logísticas, a serem viabilizadas por aporte de recursos do governo federal - cerca de R$ 300 milhões. A primeira licitação seria aberta no próximo dia 27.
A ideia vem sendo costurada já há algum tempo. No ano passado, durante a abertura oficial da Expointer, o presidente da Farsul, Carlos Sperotto, finalizou o discurso com um recado à presidente Dilma Rousseff, pedindo que desse uma atenção a Rio Grande.
Além da estrutura do porto, propriamente dita, outras propostas são avaliadas para melhorar o escoamento de grãos, hoje feito principalmente por rodovias. Grupo que reúne federações do Estado (Fiergs, Farsul, Fecomércio) e a Associação Brasileira dos Terminais Portuários quer ampliar o uso das águas. Uma das ideias é criar uma agência executiva para administração das hidrovias, que poderia ser privada ou público-privada.
Questionado sobre as condições de infraestrutura para o transporte da safra, Sartori afirmou que os problemas "não serão resolvidos da noite para o dia".
É verdade. Mas como nossa deficiência no modal vigente e defasagem nos demais é enorme em relação a muitos de nossos competidores, as mudanças precisam começar a ser implementadas para ontem.