Com área específica dentro da Expointer, o setor de irrigação tem no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, uma vitrine importante para os negócios do segundo semestre. Neste ano, os últimos seis meses prometem ser melhores do que os seis primeiros.
Problemas na liberação dos recursos do BNDES e as negociações para nova licença de operação do Mais Água, Mais Renda deixaram o ritmo de vendas lento no começo do ano. Com uma fatia de 60% do mercado no Estado, a Fockink, de Panambi, reduziu turnos e precisou demitir funcionários. A situação começou a mudar na última quinzena de junho, relata Siegfried Kwast, diretor superintendente:
- O BNDES voltou a liberar recursos. A coisa parece estar entrando na normalidade.
Como resultado, a ociosidade no turno único deixou de existir e, mantida a linearidade dos negócios, o segundo turno poderá ser retomado. Claro, 2013 foi um ponto fora da curva em termos de desempenho. Tanto que Kwast estima um segundo semestre com alta de cerca de 50% em relação às vendas do primeiro, mas um pouco abaixo de igual período do ano passado. Levantamento feito pela Secretaria da Agricultura com cinco grandes empresas de irrigação aponta que, de 2011 até agora, 3.583 pivôs teriam sido vendidos ou instalados, abrangendo 171,5 mil hectares.
- Esse dado nos surpreendeu, está acima do que imaginávamos - afirma Aureo Mesquita, secretário-adjunto da Agricultura.
Presidente da Comissão de Irrigantes da Federação da Agricultura do Estado, João Augusto Telles, o aumento de área irrigada é um fato. Mas a estimativa é de que a área com uso da tecnologia no Estado chegue a 130 mil hectares.
- É preciso fazer um estudo para que saibamos o que temos, de fato, irrigado - afirma.
O Mais Água, Mais Renda - que contempla áreas de até cem hectares com irrigação e açudes de até 10 hectares - recebeu de 2012 até agora, segundo a secretaria da Agricultura, 1.378 projetos. Desses total 760 foram analisados - sendo 611 aprovados - e outros 618 ainda aguardam avaliação.