A despeito do impacto da descoberta de um novo episódio da fraude do leite, a 37ª Expoleite e a 10ª Fenasul encerraram ontem com faturamento superior ao do ano passado e público estimado pelos organizadores em 30 mil pessoas. Os negócios no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, movimentaram
R$ 1,052 milhão, 26% a mais em relação à edição passada.
- Foi uma exposição agropecuária em sua essência, mas que ficou um pouco mais heterogênea. Conseguimos atrair mais o público urbano. Mas o principal aspecto a ressaltar é a qualidade dos animais - avalia Marcos Tang, presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), entidade que organiza o evento ao lado da Secretaria da Agricultura.
Entre as atrações para o público urbano este ano, uma feira de discos de vinil, festival de cerveja artesanal e exposição de carros antigos. Como a entrada era franca, não houve levantamento oficial sobre o número de visitantes.
Uma das discussões que envolve a feira, relacionada ao calendário, teve definição. No ano que vem, a exposição será realizada no último fim de semana de maio. Assim, consegue fugir da concorrência de outras exposições no interior do Estado que ocorrem no mesmo período, avalia Tang. Para as próximas edições, outra ideia é aumentar a participação do segmento de máquinas e equipamentos, tanto voltados à agricultura quanto à pecuária leiteira.
Segundo o presidente da Gadolando, a indignação dos produtores com a nova fraude detectada no leite tem relação com a continuidade da adulteração mesmo com as operações anteriores, a punição de envolvidos e a série de discussões que envolveu o setor após os primeiros episódios:
- Isso macula toda a cadeia.