No dia em que a Expodireto Cotrijal abre seus portões ao público, não é apenas o agronegócio que se transfere para Não-Me-Toque. A cerimônia de abertura oficial do evento atrai para o parque políticos de todas as esferas. Neste ano, de eleição, a presença se torna quase obrigatória.
E se a presidente Dilma Rousseff não vem - um sonho antigo dos organizadores -, está mandando representante. Pela primeira vez, a feira tem a previsão de receber um vice-presidente. Michel Temer virá ao Estado na condição de porta-voz de Dilma. Ontem, véspera da abertura, uma equipe do cerimonial esteve no parque acertando os últimos detalhes da visita marcada para esta segunda-feira.
- Assim como vocês, nós somos profissionais. A maior preocupação é que tudo saia da melhor forma possível - assegurou um dos organizadores à equipe de Brasília.
Mesmo prontos para deixar seus cargos em busca de uma vaga na Câmara dos Deputados, os ministros da Agricultura, Antônio Andrade, e do Desenvolvimento Agrário, o gaúcho Pepe Vargas, também confirmaram presença. E enquanto o primeiro ainda não tem substituto definido, o segundo deve passar o bastão para o ex-ministro Miguel Rossetto.
Em meio a uma safra com potencial de ser recorde, mas em que problemas como a lagarta Helicoverpa armigera e a falta de chuva em regiões produtoras causaram apreensão, a Expodireto começa com a marca da cautela, mas sem a sombra do pessimismo. Pelo contrário. Setenta e sete países terão delegações. Além disso, 19 embaixadores e três presidentes - do Gabão, de Guiné Equatorial e do Togo - passarão por aqui.
- Nos últimos dias têm chovido normalmente. Muitas pessoas estão vindo fazer negócios - afirma o presidente da Expodireto Cotrijal, Nei César Mânica.