As recomendações gerais seguem as mesmas, mas algumas estratégias estão sendo reorganizadas para apertar ainda mais o cerco à lagarta Helicoverpa armigera no Estado. Nesta quinta-feira, a Secretaria da Agricultura definiu que irá colocar todo seu quadro técnico da área de defesa vegetal a campo.
Conforme o coordenador da gerência de defesa vegetal da secretaria, José Candido Motta, são cerca de 70 profissionais, entre engenheiros agrônomos, engenheiros florestais e técnicos agrícolas que irão acompanhar de perto as lavouras gaúchas - alvo da tão temida praga.
- Seguiremos com nossas outras atividades, mas o foco principal da defesa vegetal será a lagarta - afirma Motta.
Nesta quinta-feira, o mau tempo impediu que uma equipe fosse até Estrela Velha, sexto município em que a presença da Helicoverpa armigera foi confirmada pelo laboratório da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Mas uma nova data será marcada.
No Interior, produtores estão de olho nas lavouras. Conforme Paulo Pereira, pesquisador da Embrapa Trigo, de Passo Fundo, que trabalha em parceria com a UPF, em média, há quatro relatos diários de suspeitas da presença da praga.
- Por enquanto, o nível populacional da lagarta no Estado é baixo - afirma o pesquisador, reforçando o coro de que não há motivo para pânico (leia mais sobre o assunto no caderno Campo e Lavoura).
O leitor Alexandre Dias, representante comercial na área agrícola, lembra que, com a entrada de novas tecnologias de sementes, às vezes, o manejo integrado de pragas, "fundamental para o controle", tem ficado um pouco de lado.
Em tempos de uma ameaça que ainda se está aprendendo a conhecer, cada um precisará fazer a sua parte.