O consórcio público de saneamento Pró-Sinos lançou, nesta quinta-feira (3), uma plataforma colaborativa que permitirá o monitoramento da situação ambiental da bacia do Rio dos Sinos. O sistema já está disponível no site da entidade e fornecerá dados não só sobre o rio como também de todos os afluentes que integram a bacia.
Conforme o presidente do Pró-Sinos e prefeito de Esteio, Leonardo Pascoal, é a primeira vez que se tem um sistema acessível a qualquer pessoa com conteúdo atualizado sobre a situação do Rio dos Sinos.
— É uma plataforma colaborativa, onde vários parceiros poderão se juntar. Teremos acesso em tempo real aos dados, permitindo antecipar condições de inundações, como também monitorar impactos ambientais de empreendimentos situados ao longo da bacia — detalha.
O lançamento da plataforma contou com uma cerimônia presencial em Nova Santa Rita, na Região Metropolitana, com a participação dos prefeitos da região. Questionado, Pascoal garantiu que todos os protocolos sanitários foram seguidos para evitar a disseminação da covid-19.
— A cerimônia foi em um local amplo, com distanciamento entre as pessoas. Optamos por fazer um ato presencial pela importância desse investimento, que é uma das principais conquistas do Pró-Sinos, além de agradecer aos prefeitos que estão encerrando seus mandatos — explica.
Atualmente, a entidade realiza coleta de amostras e mede parâmetros de qualidade em 24 pontos de monitoramento distribuídos em 16 municípios do Vale do Sinos. Ao mesmo tempo, recebe dados quantitativos (nível, vazão e pluviosidade) de estações de medição da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Todos esses dados são lançados na plataforma digital, que permite uma consulta rápida e clara das condições de cada ponto monitorado.
De acordo com Pascoal, os recursos para o custeio do programa são provenientes das Taxas de Controle e Fiscalização Ambiental Municipal (TCFAM). Além da ANA e do Cemaden, o Pró-Sinos busca parceria de outras importantes instituições que produzem e utilizam dados sobre as condições das águas superficiais da bacia, como as secretarias municipais de Meio Ambiente, as concessionárias de saneamento, as universidades e os centros de pesquisa da região.