O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, falou nesta terça-feira (13), em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, sobre a proposta de concessão à iniciativa privada do Parque Nacional dos Aparados da Serra. O edital será lançado na quarta-feira (14).
O ministro prevê que, em dezembro, seja conhecido o vencedor do processo, que será responsável pela área por 30 anos. Salles afirma que, já em janeiro de 2021, será possível dar início ao processo de concessão e aos investimentos na região.
— Nós saberemos, em dezembro, qual terá sido a proposta vencedora. (...) Feito isso, a partir de janeiro nós já teremos condições de iniciar o processo de concessão do parque propriamente dito: o início dos investimentos, a abertura de novas trilhas, a construção de banheiros, de locais para alimentação, etc.
Salles diz ainda que os investimentos — sendo R$ 60 milhões em infraestrutura — serão concentrados nos três primeiros anos. Em três décadas, serão R$ 200 milhões previstos.
— O critério mais importante (para escolha da concessionária) é quem fizer o projeto com maiores investimentos em menor espaço de tempo — prevê.
Sobre o temor de que algumas atrações que venham a ser construídas descaracterizem a área, Salles rebate:
— O edital não tem nada específico. Se houve interesse do concessionário, viabilidade técnica e interesse dos visitantes, diversas infraestruturas poderão ser propostas (…) Ainda é prematuro dizer quais são. Mas o edital garante que todas as questões ambientais serão mantidas.
Críticas à gestão ambiental
O ministro também foi questionado sobre as frequentes críticas à condução ambiental do Brasil. Segundo ele, o país é um exemplo na área.
— A África está queimando muito mais do que o Brasil. O Alasca está queimando, a Sibéria está queimando. É preciso ter muito bom senso nesta hora (…) Não podemos concordar com essa imputação de que o Brasil desrespeita o meio ambiente.