A primavera começa às 22h54min deste sábado (22). Para quem não gosta de chuva, a estação mais florida do ano não vem acompanhada de boas notícias. Segundo a Somar Meteorologia, o período deve ser marcado pela instabilidade acima da média. Há uma possibilidade de aquecimento do Oceano Pacífico para os próximos meses, com ocorrência do fenômeno El Niño, que costuma refletir em maiores precipitações no Rio Grande do Sul.
Após a saída do La Niña – fenômeno caraterizado pelo resfriamento das águas do Pacífico – o oceano passará por uma neutralidade. As águas começam a esquentar no decorrer dos meses de primavera, caracterizando um El Niño mais fraco. Com essa configuração, deve haver algumas particularidades em relação à distribuição da chuva.
— Nem sempre o El Niño é observado na primavera. Ele também pode ocorrer no inverno, no verão e até no outono. Porém, ele mostra padrões diferentes na precipitação nas demais épocas do ano — explica o meteorologista da Somar João Basso.
Os elevados volumes que devem ser acumulados durante os meses da nova estação trazem riscos de transtornos para o Estado. Há potencial para transbordamento de rios, deslizamento de encostas, quedas de granizo e alagamentos. Embora a chuva deva atingir todo o Estado, a Metade Sul, a Fronteira Oeste e parte da Região Central devem receber os maiores acumulados.
Em relação às temperaturas durante a estação, a projeção é de que permaneçam dentro da média histórica (que varia conforme a cidade), com exceção do Nordeste do Rio Grande do Sul e da divisa com Santa Catarina, onde é esperado mais calor que o normal.
Como há expectativa para dias chuvosos, a tendência é de que o tempo fique mais nublado e com menos sol, dessa forma, os termômetros não devem subir muito. Entretanto, dias de calor mais extremo não estão descartados.
Caso o El Niño persista durante o verão, o risco para estiagem em janeiro diminui. A primavera vai até as 19h23min de 21 de dezembro.