A BR-471, em Rio Grande, no Sul do Estado, foi liberada parcialmente ao trânsito por volta das 17h desta sexta-feira (24). No local, na altura do km 537, equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) colocaram pedras em um trecho de pista que cedeu, após problemas no sistema de drenagem da Estação Ecológica do Taim. A colocação de asfalto será realizada nos próximos dias.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, o superintendente do órgão no Estado, Delmar Pellegrini Filho, explicou que a areia que fica sob a pista foi deslocada, o que causou o incidente. Ele afirmou que o caso é pontual e descartou risco de grandes avarias na pista.
— Isso ocorre em muitas rodovias. O sistema de drenagem às vezes cede um pouco pela acomodação do terreno. O trecho foi aberto, verificado, e está sendo recomposto o aterro. Não há risco de romper total e está tudo tranquilo.
No sábado (25), será realizado o preenchimento das áreas que perderam parte do aterro e o asfaltamento dos locais já recuperados. Até a conclusão dos trabalhos, prevista para o início da próxima semana, a expectativa é que o trânsito siga em meia-pista, com o sentido de tráfego alternado.
Ainda assim, apesar da previsão de congestionamento, o Dnit orienta os motoristas a passarem pelo local, já que os desvios mais curtos aumentam a viagem em cerca de 130 quilômetros.
Risco
A interrupção começou por volta das 4h30 desta sexta-feira (24), devido ao risco de desabamento. A situação causou transtornos tanto para quem acessa o Rio Grande do Sul via Santa Vitória do Palmar quanto para quem trafega em direção ao sul do Estado.
A alternativa para quem está no Uruguai é utilizar rodovias internas do país até acessar a BR-116 em Jaguarão. No sentido contrário, o motorista terá que utilizar a BR-116 até o país vizinho, também pela região de Jaguarão, evitando a BR-471 via Rio Grande.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o motivo da interdição está relacionado ao sistema de drenagem da pista, que causou danos no asfalto. Conforme a corporação, há risco de desabamento no trecho — uma grande ruptura por baixo da rodovia foi identificada.
— Nunca tinha acontecido algo como isso neste trecho. Ontem (quinta-feira) começamos a notar os problemas na via, mas foi intensificado durante a madrugada. Se não bloqueássemos, tínhamos risco de ter algum veículo caindo no local — disse o chefe da PRF no sul do Estado, Fabiano Goia.
Responsável pela Estação do Taim, Ronaldo Costa afirmou à reportagem de GaúchaZH que não há risco ambiental e não houve prejuízos ao meio ambiente.