O empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, morto na sexta-feira (8) no Aeroporto de Guarulhos, levou 10 tiros de fuzil, de acordo com perícia realizada pela Polícia Civil. As balas atravessaram o corpo de Gritzbach. Ação ocorreu na área de desembarque do terminal 2, destinado a voos domésticos, na parte externa do aeroporto.
Ainda conforme a perícia, uma dupla, com dois fuzis, realizou pelo menos 27 disparos contra o empresário, sendo que 10 acertaram o delator de uma investigação sobre lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC).
A Polícia Federal (PF) em Brasília determinou a abertura de um inquérito na superintendência do órgão em São Paulo para investigar o assassinato.
Em nota, a PF informou que atuará em parceria com a Polícia Civil durante a investigação.
A decisão foi tomada em conjunto por membros do governo federal e do Ministério da Justiça, considerando a necessidade de uma investigação federal, dada a natureza do crime: um homicídio ocorrido no aeroporto mais movimentado do país, em plena luz do dia, com possível envolvimento de facção criminosa e de agentes públicos.
Armas
As armas que possivelmente foram usadas para executar o empresário foram apreendidas no sábado (9), após uma denúncia anônima feita ao telefone: um fuzil Ak-47, calibre 7,62 mm, uma pistola calibre 9 mm e um fuzil AR-15, calibre 5,56 mm.
O material estava em duas mochilas em um terreno baldio, próximo de onde os assassinos abandonaram na sexta-feira o Volkswagen Gol preto usado no crime. Os policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foram ao local e apreenderam as armas, enviadas à perícia para os exames de balística.