O médico gaúcho Gabriel Paschoal Rossi, 29 anos, morto em Mato Grosso do Sul, pode ter sido vítima de uma emboscada. Rossi, natural de Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, foi encontrado morto, com mãos e pés amarrados e ferimentos na cabeça, em uma casa na cidade de Dourados, a 232 quilômetros de Campo Grande, na manhã de quinta-feira (3).
Em entrevista ao programa Encontro com Patrícia Poeta, da TV Globo, na manhã desta sexta-feira (4), o delegado Erasmo Cubas, encarregado do caso, afirmou que a Polícia Civil trabalha com a teoria de que os envolvidos no assassinato do médico teriam "certa intimidade com a vítima".
— A partir de agora, estamos trabalhando com várias linhas de investigação. Sabemos apenas que os envolvidos no crime tinham certa intimidade com a vítima — afirmou. — Ele não foi forçado (a ir até a residência), compareceu por convite, possivelmente ele tinha um encontro anteriormente marcado na residência — completou.
O corpo do médico também tinha sinais de asfixia. O delegado também ressalta que a causa da morte será confirmada pelos laudos da necropsia, que ainda não estão prontos.
— O local onde o corpo foi encontrado sugere morte violenta, com sangue já coagulado nas paredes — explicou.
Entenda o caso
Gabriel foi visto com vida pela última vez em 26 de julho, ao deixar o plantão no Hospital da Cassems. O desaparecimento foi registrado pela família na quarta-feira (2).
O corpo dele foi encontrado na quinta-feira em uma casa alugada. Uma vizinha ligou para a polícia relatando odor desagradável e a presença de um carro — o de Gabriel — parado no local há uma semana. O corpo já estava em decomposição, sugerindo morte ocorrida dias antes.
A casa onde o médico foi encontrado foi locada por meio de um aplicativo, por um período de 15 dias. O proprietário do imóvel disse que dois homens retiraram as chaves no dia 27 de julho.
A Polícia Civil segue investigando o caso e pede que a população colabore com informações que possam ajudar na investigação.
Gabriel Paschoal Rossi era formado em Medicina pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Ele trabalhava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), na Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems) e no Hospital da Vida.