A Polícia Civil prendeu nesta segunda-feira (7) um casal suspeito de torturar e matar uma criança de dois anos em Santa Vitória do Palmar, no sul do Rio Grande do Sul. A mãe, 26 anos, e o padrasto, 24, também são suspeitos de torturar a irmã da vítima, de três anos. Os dois foram presos em flagrante por homicídio qualificado. Os nomes não foram divulgados.
Conforme o delegado Marcos Bottin, o casal procurou o hospital da cidade em busca de atendimento para a menina, argumentando que ela teria passado mal ao ingerir remédios para anemia e se machucado gravemente numa queda em casa. A criança já chegou morta ao hospital. O médico que a atendeu viu uma série de lesões na criança e decidiu chamar o Conselho Tutelar. O casal foi levado para a delegacia para prestar esclarecimentos.
Ao Conselho Tutelar, mãe e padrasto disseram que tinham mais uma filha, de três anos, que ela estava em casa. Perguntados se a outra criança havia sido agredida, disseram ter dado “apenas uma chinelada” nela. Chegando ao local, as conselheiras tutelares encontraram a menina trancada num quarto, desacordada e com sinais de violência pelo corpo.
Em conversa informal no hospital, a menina disse que era agredida pelo casal.
- Contou que batiam nelas. Contou que o tio, ela chamava o padrasto de tio, colocava elas de joelho no milho – conta o delegado.
A criança também relatou que o padrasto batia nelas com uma corda com um nó na ponta. O objeto foi apreendido pela polícia. A casa fica na localidade de Arroito, na área rural da cidade.
- A versão que eles apresentaram não tem a menor sustentação diante das lesões encontradas. Tem lesões antigas, lesões recentes – relata o delegado.
Bottin disse que o casal nega as agressões. Segundo a versão deles, as lesões foram ocasionadas por brigas entre as irmãs e quedas em casa em razão dos remédios que tomavam.
Uma vizinha que teria visto as agressões vai prestar depoimento.