A Polícia Civil concluiu nesta quinta-feira (20) um inquérito contra quadrilha que foi alvo de uma operação no dia 6 deste mês em sete cidade gaúchas. O grupo é suspeito de aplicar o golpe dos nudes em vítimas de várias partes do país. A investigação indiciou 36 pessoas por extorsão e associação criminosa — 34 estão presas.
A titular da Delegacia de Esteio, delegada Luciane Bertoletti, já encaminhou os indiciamentos para o Poder Judiciário. Ela destaca que dos 34 suspeitos detidos 21 são apontados como líderes do esquema e tiveram as prisões temporárias convertidas em preventivas.
A polícia apurou que a quadrilha movimentou, com este golpe, mais de R$ 2,5 milhões. Foram apreendidos pela investigação 109 celulares, sendo que 79 deles em cinco prisões do Estado. Além disso, foi confirmado que o grupo fez pelo menos 14 vítimas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Uma das vítimas, um empresário de Alvorada, foi lesado em R$ 60 mil. Outra vítima, também empresário, morador de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, perdeu R$ 8 mil.
Neste caso de Santa Catarina, Luciane diz que houve aproximação física entre integrante do grupo e a pessoa lesada pelo golpe dos nudes — foi a primeira vez que isso aconteceu. A investigação apurou que a quadrilha monitorou e gravou imagens da casa da filha do empresário extorquido e entregou um envelope no restaurante dele com fotos íntimas.
— O que posso dizer até o momento, com a análise minuciosa das provas, é que verificamos indícios suficientes de extorsão e associação criminosa — ressalta Luciane.
A delegada afirma que a investigação continua. No momento, estão sendo analisadas 41 contas bancárias que pertenciam aos suspeitos. A delegada não descarta que aumentem valores, vítimas e número de criminosos envolvidos.