O governo do Estado firmou nesta terça-feira (29) uma parceria com a iniciativa privada para implantação de abrigo temporário em hotéis da rede Accor para mulheres em situação de violência e seus filhos. O Programa Acolhe tem o objetivo de contribuir com o trabalho de acolhimento em abrigos oficiais, geridos pelos municípios, ampliando a rede de apoio e com atendimento social, jurídico e psicológico. São casos de mulheres que precisam sair de casa em razão da violência e não têm para onde ir com segurança.
Durante o período de acolhimento, será fornecida refeição completa, lavanderia, acesso a cursos profissionalizantes, acompanhamento diário, atendimento social, psicológico e jurídico, além da articulação cotidiana com a rede de serviços do município de referência dessa mulher. Após a estadia no hotel, de até 15 dias, a acolhida poderá ser encaminhada a um abrigo permanente especializado da rede de atendimento do Estado ou à casa de familiares ou amigos.
— Essa parceria se soma a uma série de iniciativas que o governo tem adotado para ampliar as políticas de proteção à mulher. Nesse mesmo sentido, a execução do Programa Acolhe vai representar um importante complemento às casas de abrigo oficiais no Estado, contribuindo para que as gaúchas que precisem de apoio e suporte possam se libertar do ciclo de violência — afirmou o secretário executivo do RS Seguro, delegado Antônio Padilha.
O Programa Acolhe é financiado pelo Fundo de Investimento Social Privado pelo Fim das Violências Contra Mulheres e Meninas. A articulação é feita entre o Instituto Avon e o programa Bem Querer Mulher.
Para Renata Rodovalho, coordenadora de parcerias do Instituto Avon, a parceria fortalecerá as políticas do Estado em prol da qualidade de vida e segurança das mulheres.
— O Rio Grande do Sul apresentou um crescimento de 21% nos casos de feminicídios entre 2020 e 2021, segundo um levantamento do próprio governo. O Programa Acolhe chega ao Estado para ampliar a rede de apoio e atendimento às mulheres, oferecendo serviços qualificados que possibilitem a elas romperem ciclos de violência e a transformarem suas realidades — explica.