Um relatório conjunto realizado pela Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) aponta que Adriano Magalhães da Nóbrega, morto em uma operação policial no interior da Bahia em fevereiro deste ano, usava uma concessionária de luxo na Barra da Tijuca, na zona oeste do Estado carioca, para vender e comprar carros. O local usado por Adriano, que era chefe do chamado "Escritório do Crime", foi alvo de pesquisas na internet feitas por Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, e era frequentado por um homem de confiança dele que foi preso por desaparecer as armas do policial militar da reserva. As informações são do portal UOL.
De acordo com o documento, homens ligados a Lessa e Adriano se conheciam e frequentavam as mesmas festas. Um dos donos da concessionária, segundo o UOL, afirma que nunca fez qualquer tipo de transação comercial com Adriano ou Lessa e que ninguém ligado ao local foi chamado a prestar esclarecimentos às autoridades.
"O estabelecimento Garage Store é suspeito de transacionar com Adriano da Nóbrega, alvo da Operação Intocáveis, e foi pesquisado por Ronnie Lessa junto à ferramenta Google", relata o documento assinado por um investigador da PF e por um policial civil cedido ao Grupo Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do MP-RJ e obtido com pelo UOL.
Ronnie Lessa foi preso em março de 2019, quando deixava o condomínio em que morava na Barra da Tijuca em um carro blindado.
O relatório da PF e do MP-RJ foi finalizado dias depois da prisão do PM da reserva.