A Polícia Civil confirmou no fim da tarde desta quarta-feira (15) que o assaltante baleado em um roubo de veículo no bairro Santana, em Porto Alegre, morreu durante atendimento médico. Ele foi atingido por disparos na barriga pela esposa de um oficial da reserva da Brigada Militar (BM).
Segundo o delegado Rodrigo Reis, plantonista da 2ª Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA), o criminoso chegou a ser encaminhado ao Hospital de Pronto Socorro (HPS), onde passou por cirurgia, mas não resistiu. O caso aconteceu na Avenida Princesa Isabel, no fim da manhã, em frente ao Instituto de Cardiologia.
A esposa, o marido, que é tenente-coronel da reserva da BM, e a filha, vieram de Santa Catarina, onde residem, para Porto Alegre. O oficial tinha uma consulta agendada na Capital. Durante a manhã, ele seguiu com a esposa e a filha até o Instituto de Cardiologia, onde precisava realizar um exame. Conforme o delegado, o policial desceu da Toro que ficou estacionada, e deixou a pistola dele entre os bancos do carona e do motorista.
Cerca de 10 minutos após o policial sair, um criminoso apareceu na janela do veículo e apontou uma arma para a esposa e a filha do PM. O assaltante exigiu que a mulher, que estava sentada no banco do motorista, descesse do carro.
— Ela aproveitou o momento em que criminoso se distraiu, sacou a arma do marido que estava entre os bancos e efetuou três disparos contra o criminoso. Ele foi atingido e fugiu, inclusive segurando a arma na mão — relata Reis.
Logo depois, uma guarnição da Brigada Militar que passava pelo local foi informada do caso e encontrou o ladrão. Ele estava caído a cerca de uma quadra de onde havia acontecido o roubo, próximo de um posto de combustíveis. Ele foi socorrido e encaminhado ao hospital, mas não resistiu.
A mulher foi ouvida na tarde desta quarta-feira na 2ª DPPA, no Palácio da Polícia. Para o delegado Reis, a vítima agiu em legítima defesa. A pistola do policial foi identificada e devolvida. O criminoso não teve a identidade divulgada pela polícia.
— O que aconteceu foi uma situação de roubo. A pistola do marido foi o meio que ela tinha para se defender de um sujeito que estava armado, apontando para ela e a filha. O que aconteceu foi um roubo e ela agiu em legítima defesa. A arma de fogo pertencia ao marido, que estava no local, apenas havia desembarcado por alguns minutos — afirmou o delegado.
Sobre a informação de que haveria um segundo assaltante, que também teria escapado, Reis afirma que isso não foi confirmado. A necropsia deverá informar por quantos disparos o ladrão foi atingido. A mulher e a filha não chegaram a sofrer ferimentos. Além de o marido ser oficial, a esposa também havia atuado na Brigada Militar por cerca de um ano e pediu desligamento para investir em outra área.