Policiais civis cumprem nesta quarta-feira (3) sete mandados de prisão e 10 de busca e apreensão em uma operação contra suspeitos de integrar uma milícia que atua no Rio de Janeiro. De acordo com a Polícia Civil, até as 8h45min, seis pessoas já tinham sido presas na ação.
A operação mira a utilização de empresas para lavagem de dinheiro da organização criminosa que seria chefiada, segundo a polícia, por Wellington da Silva Braga, o Ecko. As empresas atuam na exploração de areia e saibro na Baixada Fluminense e chegaram a faturar R$ 41 milhões entre 2012 e 2017.
Além de usar a indústria extrativa para lavar dinheiro, o grupo é suspeito de estar ligado a homicídios praticados com o objetivo de tomar empresas concorrentes. Uma delas, por exemplo, foi assumida pela milícia depois do assassinato do proprietário, Alexsander de Castro Santos, em junho de 2014.
Segundo o Ministério Público do RJ, as operações extrativas do grupo são usadas para tentar legalizar o dinheiro que é obtido de forma criminosa nas comunidades controladas pelo grupo, como extorsão a moradores e comerciantes e a exploração do transporte alternativo.