A cantora gospel e deputada federal pelo Rio de Janeiro Flordelis Souza, 58 anos, declarou acreditar na inocência dos filhos, que são investigados pelo assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo, morto a tiros na madrugada do último domingo (16).
"Eu não quero acreditar (no envolvimento dos filhos no crime) e o meu coração de mãe me dá direito à esperança", escreveu Flordelis nas redes sociais no sábado (22).
Investigadores do caso informaram ao portal G1 que todas as pessoas que estavam na casa no dia do crime estão sendo investigadas, inclusive Flordelis. Os principais suspeitos são os filhos do casal Flávio Rodrigues de Souza, 38 anos, que confessou ter atirado seis vezes contra o pai, e Lucas dos Santos, 18, — um dos 51 filhos adotados por Flordelis e Anderson — que teria auxiliado o irmão a adquirir a arma utilizada no crime. Os dois estão presos preventivamente.
A deputada ainda rebateu as acusações de que estaria escondendo os celulares do marido e dos filhos: "É muito cruel imaginar que eu teria frieza para esconder provas de um crime que eu preciso (que) seja esclarecido logo". Flordelis afirmou ainda que "segue com força" já que "está com Deus".
Leia na íntegra do texto de Flordelis
"Oi gente, eu gostaria de responder a cada um e cada uma de vocês que comentaram a minha mensagem. Impossível, pelo tempo, pelo momento e pela quantidade. Agradeço muito as mensagens que me dão força, e de solidariedade. As outras mensagens, algumas sem necessidade agressivas, eu tentei reunir nos pontos comuns para responder.
Tem gente que estranha eu não acreditar que dois filhos meus são os autores, porque eles confessaram. Eu não quero acreditar e o meu coração de mãe me dá direito à esperança. As confissões não são suficientes para condenar e quem assistiu a entrevista da delegada ouviu ela também dizer a mesma coisa.
Vamos aguardar o fim das investigações e do julgamento. É assim que tem que ser. Muitas mensagens me acusam de estar escondendo os celulares do meu marido e do meu filho. Meu Deus! A polícia está à procura deles e eu ficarei aliviada se encontrarem. Meu marido foi assassinado em casa, o local não foi isolado, muita gente transitou e tem transitado por ela. É muito cruel imaginar que eu teria frieza para esconder provas de um crime que eu preciso seja esclarecido logo. Ninguém tem mais interesse que eu na solução, acreditem.
Outros comentários me condenam pela primeira versão minha de assalto. Quem faz isso, como reagiria ao ouvir tiros em casa, que mataram o marido, numa madrugada de uma cidade violenta? Eu tenho, pelo menos, o benefício da dúvida, vocês não acham? Por que me condenar sem qualquer chance de defesa e sem processo? Isso não é justo, mas sigo com força porque Deus está comigo."