Amigos, familiares e clientes da Ótica Elaine se despediram do pai e filho mortos durante assalto ao estabelecimento, no centro de Estância Velha, ocorrido na manhã de quarta-feira (10). Desde a madrugada desta quinta-feira (11), dezenas de pessoas passaram pela capela onde Leomar Canova e Luís Fernando Canova foram velados.
Na manhã desta quinta, uma fila chegava a se formar do lado de fora da capela. Ivo José Veit relembrou uma característica de Leomar, seu amigo há mais de 20 anos.
— Era uma pessoa incrível, ninguém nunca via ele triste. O que eu tiro disso é que a gente nunca pode deixar para amanhã. Ele sempre insistia para ir na casa dele comer churrasco, e agora está aí — lamentou.
Já o primo Ancelmo Rasch relembrou a trajetória de Leomar, que começou a trabalhar com joias desde os 13 anos de idade, em Tenente Portela. Depois, quando os dois moravam no Vale do Sinos, os encontros eram frequentes no centro de Estância Velha.
— Sempre que eu passava pelo centro eu dava um jeito de passar ali (na ótica) para prosear com ele. Tudo que tinha que fazer, ele fazia por nós — disse Ancelmo.
Às 11h, uma cerimônia foi realizada por um pastor. Na sequência, os corpos foram levados para o Cemitério Municipal, onde foram enterrados.