Correção: são quatro vítimas de feminicídio em janeiro deste ano, e não sete como informado desde às 17h35min do dia 13 até as 17h desta sexta-feira (15). A informação original foi corrigida pela Secretaria da Segurança Pública.
As mortes de mulheres por condição de gênero, crime conhecido por feminicídio, apresentaram queda em janeiro deste ano em comparação ao mesmo período de 2018 no Rio Grande do Sul. Ao todo, quatro mulheres foram assassinadas, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (13) pela Secretaria da Segurança Pública (SSP).
A última estatística divulgada pela SSP apresentava que o crime havia registrado crescimento de 41% ao comparar os anos de 2018 e 2017. Foram 117 vítimas no ano passado contra 83 em 2017. Ou seja, 34 a mais.
Entre os casos deste ano, está a morte de uma mulher em Garibaldi, na Serra gaúcha. Segundo a Polícia Civil, Jocelaine de Pauta Neto, 45 anos, foi esfaqueada pelo companheiro da vítima dentro de casa em que o eles viviam, há cerca de seis meses.
Para a diretora do Departamento de Departamento Estadual de Proteção a Grupos Vulneráveis (DPGV), Shana Hartz, a estabilidade não é motivo para comemoração.
— São números que não comemoramos, comemoramos taxa zero — salienta a policial, observando que houve redução de 56,2% nos feminicídios de dezembro de 2018 para janeiro deste ano.
Em janeiro deste ano, houve redução em outros três indicadores. A mais significativa foi registrada nos estupros: 32%. Também caíram os crimes de lesão corporal (5,8%) e ameaça (3,3%).
Na outra ponta da balança, houve acréscimo de 25% nas tentativas de feminicídios. De 35 para 44. Segundo a delegada, essas mulheres podem se tornar vítimas e, por isso, é preciso fazer acompanhamento de perto. A intenção é levar para o interior um projeto que analisa o risco pelo qual a vítima está passando.
A tentativas de feminicídios também preocupam a polícia por outro motivo: pela baixa procura por ajuda. Muitas mulheres não registram ocorrência contra o agressor e não possuem medida protetiva contra ele.
— O feminicídio vem de outra ocorrência. Na maioria dos casos não tem qualquer ocorrência prévia. Ou seja, a mulher tinha conhecimento da violência, mas não comunicava — salienta a diretora do DPGV.