O Rio Grande do Sul teve a segunda madrugada seguida de ataque a banco. Nesta sexta-feira (6), Boa Vista do Incra, município próximo a Cruz Alta na região Noroeste, com cerca de 2,5 mil habitantes, foi a quarta cidade vítima de assalto em cerca de 24 horas, em um total de cinco agências atacadas. Em dois casos houve explosão de bancos e, em outro, bandidos fizeram cordão humano com reféns para assaltar duas agências. Houve ainda um quinto episódio em que os bandidos fugiram sem levar nada.
A Brigada Militar (BM) acredita que pelo menos quatro homens armados participaram da explosão de uma agência do Banrisul nesta sexta. No momento, não havia policiamento na cidade. Primeiro, usaram artefatos explosivos no local onde ficam os caixas eletrônicos e, depois, no cofre da agência.
O delegado Rafael dos Santos, da Delegacia Especializada em Furtos, Roubos e Entorpecentes (Defrec) de Cruz Alta, diz que as informações iniciais são de que os ladrões teriam conseguido levar dinheiro de apenas um dos terminais. Segundo ele, o objetivo agora é ouvir testemunhas, buscar imagens de câmeras de segurança e aguardar o trabalho da perícia. O Instituto Geral de Perícias (IGP) já deslocou uma equipe para a região.
Conforme a Brigada Militar, os bandidos fugiram por estradas vicinais da região e teriam jogado miguelitos (pregos retorcidos) na BR-158, próximo ao acesso da ERS-481. Por conta disso, a viatura da corporação e um caminhão tiveram os pneus furados. Efetivos de Cruz Alta, Júlio de Castilhos, Tupanciretã, entre outras cidades, auxiliam nas buscas aos bandidos.
Ataques
Em apenas 24 horas, o Rio Grande do Sul teve cinco ataques a bancos em três cidades. Na madrugada de quinta (5), em Canguçu, na zona sul do Estado, criminosos também explodiram uma agência bancária. Antes do ataque ao Banco do Brasil do município, eles promoveram um apagão na energia elétrica da cidade. Na fuga, os bandidos incendiaram um caminhão na BR-392.
Na tarde de quinta, em Jaquirana, na Serra, houve outra ação criminosa. Desta vez não houve explosão, mas os assaltantes fizeram um cordão humano com reféns durante o roubo a dois bancos e a dois estabelecimentos comerciais. Nas buscas policiais durante o dia, três bandidos morreram em confronto com brigadianos.
Também à tarde, uma agência do Banco do Brasil de Maximiliano de Almeida, no norte do Estado, foi arrombada. Criminosos atiraram no vidro, mas fugiram sem levar nada após o alarme soar.
A Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) investiga os casos — em um deles, o desta madrugada, com apoio da Defrec de Cruz Alta.