
A Corregedoria da Polícia Civil (Cogepol) tem 10 dias para concluir o caso de falso testemunho na morte de duas crianças encontradas esquartejadas em setembro do ano passado em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. O delegado Marcos Meirelles afirmou que tem até o dia 17 deste mês para remeter à Justiça o inquérito devido à prisão de um dos investigado última quarta-feira (7). No entanto, o prazo pode ser prorrogado.
Meirelles, que recebeu na quinta-feira (8) a investigação da polícia de Novo Hamburgo, está analisando todos os procedimentos nesta sexta-feira (9) para decidir quais serão as primeiras medidas a serem adotadas. Entre elas estão a outiva do preso e de demais envolvidos.
Além das três testemunhas que mentiram sobre suposto ritual satânico em Gravataí com sacrifício de duas crianças – dois irmãos que ainda não foram identificados –, o quarto envolvido é um dos principais alvos da Cogepol. A polícia pretende saber por que ele, que está detido, teria coagido e influenciado as outras três pessoas a mentir. Outro objetivo é saber o motivo pelo qual envolveram sete inocentes e supostamente inventaram a história de um sacrifício em ritual de magia negra.
Outro alvo da Cogepol nesta apuração é avaliar a conduta do delegado Moacir Fermino. Entre dezembro e janeiro, ele assumiu temporariamente a investigação e disse ter tido uma revelação divina, sem apresentar provas técnicas para sustentar o suposto sacrifício. GaúchaZH entrou em contato com o policial, mas não conseguiu falar com Fermino nem obteve retorno.
Os sete suspeitos inicialmente envolvidos no caso tiveram prisão preventiva revogada pela Justiça nesta semana após reviravolta no caso – cinco deles estavam presos e dois, foragidos. A investigação sobre a morte dos dois irmãos voltou à estaca zero.