O ex-vereador de Alvorada Vânio Presa (PMDB) e outras quatro pessoas foram condenados pela Justiça por lavagem de dinheiro e organização criminosa. O ex-parlamentar foi sentenciado a 15 anos e 10 meses de prisão.
O grupo, que era comandado por ele, desviou mais de R$ 1 milhão, conforme a denúncia do Ministério Público. Ainda segundo o MP, a organização era composta pela mulher dele, pelo irmão, pela cunhada e por um assessor fantasma.
A condenação é referente à Operação Alderman (vereador em inglês), que, em 2016, fez buscas em escritórios de contabilidade, pizzarias, residências e veículos.
Leia mais
Vereador é preso e prefeito eleito de Alvorada tem diplomação suspensa
Os 10 vereadores que mais receberam diárias na Região Metropolitana em 2016
O irmão Presa, Ronaldo Ramos, tinha inclusive, uma pizzaria em seu nome. De acordo com o MP, o ex-vereador colocava bens em nome de terceiros para mascarar o dinheiro vindo de crimes licitatórios, contra a administração, tráfico de drogas e agiotagem.
O ex-parlamentar e seu braço direito Juliano Cassal Manente, condenado a 11 anos e 1 mês, estão foragidos. A companheira de Presa, Daniela Gonçalves, condenada a 12 anos e 8 meses, e Patrícia Vieira de Mello, sentencia a 9 anos de reclusão, poderão recorrer em liberdade.
Dois imóveis em Alvorada, um no Litoral Norte e bens do grupo foram bloqueados pela Justiça.
O que dizem os acusados
Procurado pela reportagem, o advogado Diego de Souza Beretta, que representa Vânio Presa, e os três familiares, declarou que irá recorrer das condenações, pois entende que a sentença foge do cunho probatório apresentado no processo. Conforme Beretta, não foi provada lavagem de dinheiro por parte dos clientes.
Loir de Oliveira Filho, que representa Juliano Cassal Manente, afirmou que irá recorrer da condenação.