
O resultado do exame de DNA realizado nos corpos de duas crianças encontradas esquartejadas em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, em 4 de setembro, revelou que as vítimas eram irmãs. O laudo foi encaminhado à Polícia Civil no final da noite dessa quarta-feira (27).
Conforme o delegado do Departamento de Homicídios Rogério Baggio Berbcz, as crianças, com idades entre 8 e 12 anos, eram filhas da mesma mãe, mas possuíam pais diferentes.
– Esta era uma informação muito esperada pela investigação porque ajuda a filtrar a busca por crianças desaparecidas e entre crianças que não estão indo à escola – avaliou.
A hipótese de que as vítimas tenham sido trazidas de outro Estado ainda não foi descartada pela polícia. De acordo com o delegado, a investigação confirmou que as caixas nas quais as partes dos corpos das crianças foram armazenadas são de um produto de limpeza fabricado por uma empresa de Pernambuco e comercializado apenas até o Estado de São Paulo. No entanto, o delegado ressalta que as caixas podem ter sido trazidas ao Rio Grande do Sul de outra forma:
– Essa marca é comercializada até são Paulo, mas não significa que não possam ter vindo de outra forma, como em mudança ou pelo comércio clandestino.
Entre os fatores que dificultam a identificação das vítimas está o fato de que as cabeças ainda não foram encontradas pela polícia. Além disso, os padrões das digitais não estão cadastrados no sistema do Instituto Geral de Perícias (IGP).