Um motorista do Uber foi encontrado morto, na manhã desta terça-feira, no Parque Chico Mendes, bairro Mario Quintana, na zona norte de Porto Alegre. A vítima foi identificada pela Brigada Militar (BM) como Moises Doring Jeske, 33 anos, sem antecedentes criminais. O carro, um Honda Civic preto, foi encontrado com marcas de batida em Viamão. As informações são da Rádio Gaúcha.
A delegada Luciana Smith, titular da 5ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, esteve no local em que foi encontrado o corpo e disse que "ainda é cedo para apontar se foi homicídio ou latrocínio (roubo com morte).
– São poucos os elementos ainda. Mas as características são mais de homicídio, embora tenham levado o carro. Mas podem só ter usado o veículo para fuga. O normal nos casos de assalto é o uso de arma de fogo. Além disso, não levaram o telefone dele – explicou a delegada.
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A vítima tinha uma camiseta ensanguentada enrolada no pescoço e não havia marcas de perfurações de tiros no corpo.
– Possivelmente, houve asfixia ou uma tentativa de asfixia. Talvez possa ter havido também ferimento por arma branca (faca ou outro instrumento perfurocortante) – disse Luciana.
Segundo amigos, Moises estava desaparecido desde a madrugada, quando saiu para fazer uma corrida. O sistema de rastreamento apontou que o carro esteve no Parque Chico Mendes, durante a madrugada. Por isso, foram feitas buscas no local, o que possibilitou o encontro do cadáver.
Os PMs afirmam que o crime tem características de latrocínio (roubo seguido de morte). No entanto, a delegada disse que ainda não há como confirmar se o caso trata-se de latrocínio.
– Vamos fazer perícias no corpo e no veículo, ouviremos também familiares e outras testemunhas que possam confirmar se realmente ele foi acionado para corrida – disse Luciana.
Segundo ela, a área do parque é utilizada por criminosos para o descarte de corpos.
Um colega de Uber de Moises, que esteve no local do crime, disse que o motorista estava havia cerca de um ano trabalhando para o aplicativo, como forma de complemento de renda. Durante o dia, ele exercia a profissão de representante comercial. Moises morava em Cachoeirinha, era casado e participava de atividades ligadas à cultura gauchesca.